Monday, September 24, 2012

Ambivalencia, Freud e a morte

Foi Freud que te ditou a ambivalencia:
- tu odeias o teu pai, tu amas o teu pai, tu amas a tua mae, tu odeias a tua mae! Agora: vive com isso!

Mas o mais brutal desta ideia nao e' o pai ou a mae mas antes a propria ambivalencia que constitui o facto mais maravilhoso de cada uma das nossas vidas:
- tu amas a tua vida, tu odeias a tua vida! Agora: vive com isso!

Estamos condenados a amar a nossa vida, somos maquinas de sobrevivencia, sempre dedicados e preocupados com o que nos esta' a acontecer.
Estamos condenados a odiar a vida, pois a vida e' uma constante batalha (Jung) que sempre perdemos aqui e sempre ganhamos ali. Somos e crescemos sempre cansados da vida.

Palavras chave: ao mesmo tempo - ambivalencia!

A nossa condenacao a amar a nossa vida misturada com o nosso odio pela nossa vida prepara a grande ambivalencia:

Morrer e' inaceitavel, mas e' tambem inaceitavel a ideia de que morrer e' bom. A grande ambivalencia.

3 comments:

  1. esqueceste-te da ambivalência do próprio Jung: eu amo Freud, eu odeio Freud :-)

    abraço,

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  2. :) para mim, mais fundamental que a ambivalência em si, é a conciliação dessa mesma ambivalência em nós ;p estás fixe? outro dia estive com o telmo e falámos entre outras coisas de ti, saudades! de outros tempos, antigos e vindouros ;)

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