Saturday, October 5, 2013

Tudo morre o seu nome noutro nome

Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia,
...
Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados agora nas palavras. Prefiro cantar nas varandas interiores.
...
O silêncio estrutural das flores. E a mesa por baixo. A sonhar.
...
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.
...
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras, com as suas maçãs centrípetas
...
O leite cantante.
...
Ou o poema subindo pela caneta, atravessando seu próprio impulso, poema regressando.
...
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
É sempre outra coisa, uma só coisa coberta de nomes.

(repetindo Sumula, de Herberto Herlder)

No comments:

Post a Comment